Atualmente, o dízimo é um tema que gera diferentes opiniões dentro e fora das igrejas. Enquanto muitos cristãos o veem como uma forma de fidelidade a Deus e de sustento para a obra do evangelho, outros questionam sua obrigatoriedade e a maneira como algumas instituições religiosas lidam com os recursos arrecadados.
Uma das principais polêmicas gira em torno do uso do dinheiro. Há críticas a líderes religiosos que vivem com grande luxo enquanto fiéis sacrificam parte de sua renda para contribuir. Casos de desvios de recursos e enriquecimento ilícito por parte de pastores e organizações religiosas reforçam esse questionamento.
Outra controvérsia é se o dízimo é uma obrigação para os cristãos. Alguns argumentam que o dízimo era uma lei específica para Israel no Antigo Testamento e que, no Novo Testamento, a contribuição deve ser voluntária e proporcional à condição de cada um, conforme ensinado por Paulo (2 Coríntios 9:7). Já outros defendem que o princípio do dízimo ainda é válido e necessário para o sustento da igreja e da pregação do evangelho.
Além disso, há discussões sobre a coerção emocional utilizada em algumas igrejas, onde fiéis são pressionados a dar o dízimo sob a promessa de bênçãos materiais ou sob a ameaça de maldição. Esse tipo de abordagem levanta debates sobre a verdadeira motivação por trás da contribuição e se a prática está sendo ensinada biblicamente ou distorcida para interesses institucionais.
Diante dessas questões, muitos cristãos preferem doar de maneira consciente e voluntária, sem se prender à porcentagem fixa de 10%, mas contribuindo conforme suas possibilidades e com um coração sincero.
O que a Bíblia diz sobre o Dízimo e para que ele serve?
A Bíblia aborda o dízimo em várias passagens, especialmente no Antigo Testamento, onde ele era um mandamento para o povo de Israel. O dízimo correspondia a 10% da produção agrícola e dos rebanhos, sendo destinado ao sustento dos levitas, que serviam no templo e não possuíam herança territorial.
“Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação.” (Números 18:21)
Além disso, o dízimo também tinha uma função social, sendo utilizado para ajudar órfãos, viúvas e estrangeiros.
“Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do produto do terceiro ano e os recolherás na tua cidade. Então, virá o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva que estão dentro das tuas portas e comerão e se fartarão, para que o Senhor, teu Deus, te abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem.” (Deuteronômio 14:28-29)
No Novo Testamento, Jesus menciona o dízimo ao repreender os fariseus por serem meticulosos em sua prática, mas negligenciarem princípios mais importantes como a justiça, a misericórdia e a fé.
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mateus 23:23)
O apóstolo Paulo ensina sobre contribuições voluntárias, incentivando os cristãos a darem com alegria, conforme suas possibilidades, sem constrangimento ou obrigação.
“Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.” (2 Coríntios 9:7)
O propósito do dízimo, segundo a Bíblia, sempre esteve relacionado ao sustento da obra de Deus e ao auxílio dos necessitados. Embora o modelo de arrecadação e distribuição tenha mudado ao longo do tempo, o princípio da generosidade e do cuidado com a casa de Deus e com os mais carentes continua sendo um valor fundamental para os cristãos.
O Dízimo é obrigatório aos cristãos hoje? O que diz a Bíblia sobre isso?
A questão da obrigatoriedade do dízimo gera debates entre cristãos, especialmente porque há diferenças entre o ensino do Antigo e do Novo Testamento, conforme já mencionamos anteriormente.
No Antigo Testamento, o dízimo era uma ordenança dada por Deus ao povo de Israel. Era um mandamento claro onde Deus ordenava que todos os dízimos fossem recolhidos para sustento do templo e ainda prometia recompensar aqueles que fossem fiéis com bênçãos:
“Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.” (Malaquias 3:10)
No entanto, no Novo Testamento, como sabemos, não há um mandamento explícito exigindo que os cristãos continuem a prática do dízimo como uma obrigação.
Dessa forma, enquanto no Antigo Testamento o dízimo era uma exigência legal, no Novo Testamento a ênfase está na generosidade voluntária. Muitos cristãos entendem que o dízimo não é mais obrigatório, mas que a prática da contribuição continua sendo um princípio importante para sustentar a obra de Deus e ajudar os necessitados.
Não há sequer registros bíblicos ou históricos indicando que os discípulos de Jesus ou os primeiros cristãos tenham praticado o dízimo como uma obrigação. O Novo Testamento não menciona os cristãos do primeiro século separando 10% de sua renda para sustentar a igreja, como era feito no Antigo Testamento para o sustento dos levitas e do templo.
O Modelo de Contribuição da Igreja Primitiva.
A igreja primitiva seguiu um modelo diferente de contribuição. Em vez de um dízimo fixo, os cristãos compartilhavam seus bens e doavam conforme a necessidade:
“Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nenhuma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.” (Atos 4:32)
Os primeiros cristãos ajudavam financeiramente os necessitados e sustentavam missionários e líderes da igreja, mas sem um percentual fixo. O apóstolo Paulo orientava que as ofertas fossem voluntárias e proporcionais à prosperidade de cada um:
“No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for.” (1 Coríntios 16:2)
Registros Históricos Sobre o Dízimo no Cristianismo Primitivo.
Os escritos dos Pais da Igreja dos primeiros séculos, como Justino Mártir (100-165 d.C.) e Irineu de Lyon (130-202 d.C.), também não mencionam o dízimo como uma prática cristã obrigatória. Em vez disso, relatam que os cristãos davam ofertas voluntárias para ajudar os pobres e sustentar os líderes da igreja.
O dízimo só começou a ser introduzido formalmente na igreja por volta do século VI, quando alguns líderes cristãos, como Agostinho (354-430 d.C.), começaram a aplicar princípios do Antigo Testamento à igreja institucionalizada. Ele se tornou obrigatório na Idade Média, principalmente sob influência da Igreja Católica.
Não dar o Dízimo é pecado? Os cristãos que não dizimarem atrairão o Devorador?
Muitos pastores ensinam que deixar de dizimar é desobediência a Deus, mas biblicamente, pecado é a transgressão da lei de Deus (1 João 3:4). Como o dízimo era um mandamento da Lei Mosaica, ele era obrigatório para os israelitas. Porém, no Novo Testamento, não há uma ordem específica para os cristãos dizimarem..
Portanto, dizer que não dar o dízimo é pecado pode ser uma interpretação equivocada. O que a Bíblia ensina é que os cristãos devem ser generosos e contribuir para a obra de Deus, mas não sob um sistema obrigatório como na Lei Mosaica.
A maldição do “Devorador.”
A ideia do “devorador” é frequentemente utilizada por alguns líderes religiosos para afirmar que, se alguém não der o dízimo, Deus permitirá que problemas financeiros e dificuldades consumam seus recursos. O versículo mais citado para justificar essa interpretação mais uma vez é Malaquias 3:10-11, onde Deus faz na verdade uma promessa ao povo de Israel e não uma ameaça:
“Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.” (Malaquias 3:10-11)
Quem ou o que é o devorador?
O “devorador” mencionado aqui refere-se a pragas que destruíam as colheitas em Israel, como gafanhotos e outros insetos que devastavam plantações. No contexto de Malaquias, Deus estava repreendendo Israel por sua infidelidade à aliança mosaica, onde o dízimo era parte das obrigações da nação. Por não obedecerem, enfrentavam crises agrícolas, que eram uma consequência direta da desobediência à Lei.
O devorador ainda existe hoje para os cristãos?
No Novo Testamento, não há nenhuma menção ao “devorador” como uma maldição para aqueles que não dizimam. Em vez disso, a Bíblia ensina que Deus supre as necessidades dos Seus filhos, independentemente do dízimo, desde que confiem Nele:
“O meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, tudo aquilo de que vocês precisam.” (Filipenses 4:19)
Cristo nos libertou da maldição da Lei.
“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro).” (Gálatas 3:13)
Isso significa que nenhum cristão está sujeito a maldições por não dizimar. A bênção de Deus não está condicionada a um pagamento obrigatório, mas sim à nossa fé e obediência genuína.
A promessa de Malaquias 3:10-11 estava dentro do contexto da aliança do Antigo Testamento. Com a vinda de Cristo, os cristãos não estão mais debaixo da Lei Mosaica, mas da graça. As bênçãos e provisões de Deus para os cristãos não dependem de um dízimo obrigatório, mas de uma vida de fé e generosidade.
A ameaça do devorador é uma forma de manipulação.
Muitos líderes usam o “devorador” para induzir medo e forçar a contribuição financeira da igreja. No entanto, no Novo Testamento, essa maldição não se aplica aos cristãos, e Deus não condiciona Sua provisão à entrega do dízimo. A contribuição deve ser feita com alegria e voluntariamente, sem medo de punições divinas.
Por que muitos cristãos prosperam depois que começam a dar o Dízimo?
É fato que muitas pessoas prosperam depois que começam a dar o dízimo, se assim não fosse apenas a minoria dos cristãos fariam isso, porém não é isso que acontece, a maioria dos crentes são dizimistas e ofertantes. Realmente há um mistério operando através deste ato. Mas por que será que isso ocorre?
A Bíblia ensina que Deus recompensa a generosidade, e o princípio da generosidade é fortemente incentivado na Bíblia. Quem é generoso e administra bem os seus recursos tende a experimentar prosperidade, não apenas material, mas também espiritual e emocional.
“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” (Lucas 6:38)
Esse versículo não fala especificamente sobre o dízimo, mas ensina que Deus honra aqueles que praticam a generosidade. O apóstolo Paulo reforça essa ideia:
“E digo isto: O que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.” (2 Coríntios 9:6-7)
Aqui, vemos um princípio espiritual: quem é generoso colhe os frutos dessa atitude, mas isso não se restringe ao dinheiro. A bênção pode vir de várias formas: relacionamentos restaurados, portas abertas, oportunidades inesperadas e até mesmo crescimento na fé.
A boa administração financeira pode ser um fator importante.
Ao começar a dizimar, muitas pessoas também passam a administrar melhor seus recursos, pois criam uma disciplina de separação do dinheiro. Isso pode levá-las a evitar desperdícios e a tomar decisões financeiras mais sábias, resultando em prosperidade natural.
A fé e a mudança de mentalidade influenciam os resultados.
Quando alguém passa a crer que será abençoado por dizimar, sua postura mental e emocional pode mudar. A fé gera mudanças reais na vida de uma pessoa em vários aspectos positivos, tornando-a mais confiante, mais generosa e consequentemente também menos estressada e mais equilibrada.
“Tudo é possível ao que crê.” (Marcos 9:23)
Isso significa que a fé pode impulsionar a atitude da pessoa, levando-a a agir de maneira mais produtiva, o que pode resultar em prosperidade.
Deus pode abençoar financeiramente? Sim, mas isso não é uma regra fixa.
Deus pode, sim, abençoar financeiramente quem dá com generosidade, mas isso não significa que a prosperidade sempre virá de forma automática para todos que dizimam. A Bíblia ensina que Deus supre as necessidades dos Seus filhos, mas nem sempre isso acontece na forma de riqueza material.
“O meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, suprirá todas as vossas necessidades em Cristo Jesus.” (Filipenses 4:19)
Notamos que a promessa de Deus é suprir necessidades, e não necessariamente tornar alguém rico.
Nem toda prosperidade é resultado do dízimo.
Se o dízimo fosse uma “fórmula mágica” para o sucesso financeiro, todos os dizimistas seriam ricos, e todos os que não dizimam estariam em dificuldades. Mas isso claramente não é o que acontece.
Muitas pessoas bem-sucedidas financeiramente não dizimam, enquanto muitos cristãos fiéis enfrentam dificuldades financeiras. Isso mostra que a prosperidade pode estar ligada a outros fatores, como trabalho duro, sabedoria financeira e até mesmo circunstâncias que Deus permite para moldar o caráter da pessoa.
Princípios bíblicos sobre o Dízimo que precisamos entender.
Independentemente da questão da obrigatoriedade do dízimo, a Bíblia apresenta princípios claros sobre a contribuição, enfatizando generosidade, voluntariedade e a motivação correta ao ofertar. Embora o dízimo fosse uma prática do Antigo Testamento, no Novo Testamento a contribuição passa a ser baseada no coração e na disposição de cada um.
1. A Generosidade Como Princípio Espiritual.
A generosidade é um dos valores centrais da contribuição cristã. Deus deseja que os crentes ofertem não por obrigação, mas por amor e gratidão.
“Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.” (2 Coríntios 9:7)
Esse versículo deixa claro que a contribuição não deve ser feita com peso ou por imposição, mas como um ato de alegria e adoração.
2. Ofertas Proporcionais e Segundo as Possibilidades.
O Novo Testamento ensina que a contribuição deve ser proporcional à prosperidade de cada um. Não há um percentual fixo, mas a orientação de ofertar conforme as possibilidades individuais.
“No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for.” (1 Coríntios 16:2)
Isso significa que a oferta não deve ser um peso, mas sim algo natural e ajustado à realidade de cada cristão.
3. Suprir as Necessidades dos Santos e da Obra de Deus.
As contribuições na igreja primitiva eram usadas para ajudar os necessitados e manter o trabalho missionário.
“Os discípulos, cada um conforme as suas posses, resolveram enviar socorro aos irmãos que moravam na Judeia.” (Atos 11:29)
Além disso, Paulo ensina que aqueles que trabalham na obra de Deus devem ser sustentados pelos irmãos na fé:
“Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho.” (1 Coríntios 9:14)
4. O Princípio da Semeadura e Colheita.
A Bíblia ensina que aqueles que semeiam com generosidade também colherão bênçãos, não como um esquema de troca com Deus, mas como um reflexo da fidelidade do Senhor em suprir as necessidades de Seus filhos.
“E digo isto: o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará.” (2 Coríntios 9:6)
Isso não significa que dar ofertas garante riquezas materiais, mas sim que Deus cuida dos que confiam nEle.
O que um cristão deve fazer se sua igreja cobra o Dízimo de forma abusiva e anti-bíblica?
Se alguém está em uma igreja que cobra o dízimo de forma agressiva, utilizando ameaças de maldição, enquanto os líderes vivem no luxo e fazem mau uso dos recursos, é essencial avaliar a situação com discernimento bíblico.
O Dízimo não deve ser dado mediante coerção e nem usado de forma leviana. Ele tem um propósito santo, pois é dedicado ao Senhor.
Se o dízimo está sendo exigido de maneira abusiva, com base em interpretações distorcidas das Escrituras, isso contraria o princípio bíblico da contribuição voluntária. Dar o dízimo sob coerção não agrada a Deus, pois Ele se importa mais com a sinceridade do coração do que com a quantia oferecida.
Como Saber Se a Igreja Está Fazendo um Mau Uso do Dinheiro?
Uma igreja que faz uso correto dos recursos se preocupa com o Reino de Deus, ajudando os necessitados, investindo na pregação do evangelho e sendo transparente sobre suas finanças. Se os líderes vivem em luxo excessivo enquanto os membros sofrem dificuldades, há um sério problema de mordomia e integridade.
Jesus advertiu sobre líderes religiosos que exploram financeiramente as pessoas:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque devorais as casas das viúvas e, para o justificar, fazeis longas orações; por isso sofrereis juízo muito mais severo!” (Mateus 23:14)
Se há evidências de corrupção, falta de prestação de contas e exploração financeira, essa igreja está agindo de forma contrária aos princípios do evangelho.
O Que Fazer Nessa Situação?
Se a igreja está envolvida em abusos espirituais e financeiros, a decisão de continuar ou sair deve ser tomada com oração e discernimento. Algumas opções são:
Conversar com os líderes: Se houver espaço para questionamentos, buscar diálogo para entender como os recursos são usados e confrontar ensinamentos equivocados pode ser um caminho.
Buscar outra igreja: Se a liderança não estiver aberta à correção e a exploração continuar, pode ser necessário procurar uma comunidade mais bíblica e saudável.
Parar de contribuir financeiramente para líderes abusivos: Caso haja certeza de que os recursos estão sendo mal utilizados, a melhor atitude pode ser direcionar as ofertas para obras que realmente glorificam a Deus, como missões, auxílio a necessitados e projetos cristãos sérios.
Deus Se Agrada de Quem Busca a Verdade.
Jesus nunca chamou seus discípulos para serem passivos diante do erro, mas para discernirem os falsos mestres e se afastarem deles:
“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.” (Mateus 7:15)
Permanecer em um ambiente abusivo pode comprometer a fé e levar ao cansaço espiritual. Deus deseja que Seus filhos estejam em um local onde possam crescer na fé sem medo ou coerção.
Conclusão:
O dízimo, ao longo da história bíblica, sempre foi mais do que uma simples entrega de bens materiais; ele representou um ato de fé, gratidão e obediência a Deus. Desde os tempos de Abraão, que ofereceu a Melquisedeque a décima parte de tudo, até a Lei Mosaica, onde o dízimo sustentava os levitas, os órfãos, as viúvas e os estrangeiros, esse princípio esteve profundamente ligado à relação do homem com Deus.
No entanto, ao longo dos séculos, o significado do dízimo tem sido alvo de interpretações diversas, ora visto como uma obrigação legalista, ora como um gesto de generosidade voluntária.
No Novo Testamento, o foco se desloca para o coração do ofertante. Jesus, ao mencionar o dízimo, não o aboliu, mas revelou que a justiça, a misericórdia e a fé são ainda mais essenciais do que qualquer contribuição financeira.
Em um tempo onde a fé é frequentemente comercializada, é fundamental compreender que o verdadeiro propósito da contribuição cristã não é enriquecer líderes ou manter estruturas luxuosas, mas sim sustentar a obra de Deus, ajudar os necessitados e espalhar o evangelho.
O dízimo não deve ser um fardo, mas um privilégio para aqueles que entendem que tudo o que possuem vem de Deus. Mais do que um valor fixo, a verdadeira essência da generosidade cristã está no coração disposto a ofertar com amor, confiando que Deus supre todas as necessidades.