Os Dons Espirituais e as Línguas não cessaram. Confira as provas bíblicas.

O falar em línguas, a profecia, as curas e a manifestação do poder sobrenatural do Espírito Santo têm sido alvos de interpretações diversas ao longo da história da Igreja.

Enquanto alguns defendem que esses dons foram temporários e se encerraram com o fechamento do cânon bíblico ou com a morte dos apóstolos, outros afirmam que tais manifestações fazem parte da vida normal da Igreja até a volta de Cristo e não cessaram.

Depois da Reforma Protestante e mais intensamente nos últimos séculos, surgiu o debate entre duas correntes principais: os cessacionistas, que defendem que os dons sobrenaturais cessaram com os apóstolos, e os continuístas, que afirmam que tais manifestações permanecem vivas até hoje, como parte do agir soberano do Espírito Santo.

Muitos cristãos, ao ouvirem falar de línguas, profecias e milagres, se questionam: “Será que isso ainda é para os nossos dias? Ou será que tudo isso terminou no século I da era cristã?”

Essas dúvidas não são novas e precisam ser respondidas à luz das Escrituras, pois a Palavra de Deus é o padrão absoluto da fé e da prática cristã.

Este estudo tem como objetivo apresentar as evidências bíblicas da continuidade dos dons espirituais e do batismo com o Espírito Santo, demonstrando que não há fundamento sólido nas Escrituras para a ideia de cessação. Pelo contrário, a Palavra de Deus aponta para a atuação permanente do Espírito na edificação, no fortalecimento e no testemunho da Igreja em todos os tempos.

Mais do que uma discussão teológica, trata-se de uma questão prática e vital: se os dons são ainda atuais, eles são instrumentos de Deus para que o corpo de Cristo cumpra sua missão com poder e eficácia.

Por isso, vamos examinar cuidadosamente os textos bíblicos e as evidências que comprovam que os dons espirituais e as línguas não cessaram e continuam sendo sinais da presença e ação do Espírito Santo na Igreja hoje.

 

A promessa do Espirito Santo ainda no Antigo Testamento não aponta para um fim.

Os dons espirituais não cessaram.

Como sabemos, a promessa do derramamento do Espírito Santo está fundamentada ainda em algumas profecias do Antigo Testamento que apontam para o que começou em Atos 2.

O trecho principal e central é o de Joel:

“E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias.” (Joel 2:28-29)

Esse é o texto central, citado literalmente por Pedro em Atos 2:16-18, para mostrar que o Pentecostes era o cumprimento da profecia de Joel.

A expressão no texto “toda carne” não se refere apenas à geração apostólica, mas a todos os povos e épocas, apontando claramente para a universalidade e permanência da promessa.

O profeta Isaías também descreveu o derramamento do Espírito de forma semelhante ao mencionado por Joel:

“Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção sobre os teus descendentes.” (Isaías 44:3)

“Até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto; então, o deserto se tornará em campo fértil, e o campo fértil será tido por um bosque.” (Isaías 32:15)

Em ambos os textos de Isaías, o Espírito é comparado à água que traz vida e renovação, indicando não apenas um evento momentâneo, mas um agir contínuo de Deus sobre o Seu povo e seus descendentes.

Outros textos bíblicos ainda no Antigo testamento nos servem de base para a promessa, como: Ezequiel 36:26-27, Ezequiel 37:14 e Ezequiel 39:29.

“Porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos…” (Ezequiel 36:26-27)

“Porei em vós o meu Espírito, e vivereis…”(Ezequiel 37:14)

“…derramarei o meu Espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor Deus.” (Ezequiel 39:29)

Nenhum desses textos sugere limitação de tempo ou encerramento da promessa.

A promessa não menciona um fim.

Embora muitos afirmem que a promessa do derramar do Espirito Santo cumpriu-se completamente no dia de Pentecostes e limitou-se apenas ao início da Igreja e ao ministério dos Apóstolos, essa afirmação não está na Bíblia, nem no Antigo Testamento e muito menos no Novo Testamento.

O Antigo Testamento nos apresenta apenas vislumbres do que aconteceria no início da Era da Igreja, mas em nenhum momento afirma que seria temporário ou restrito a uma geração.

Portanto, quando cessacionistas declaram que os dons e as línguas cessaram, estão indo contra o testemunho direto das Escrituras adicionando ideias que não se encontram no texto bíblico, nem de forma explicita, ou mesmo de forma vaga, já que essa sugestão não aparece no Antigo Testamento, não aparece no Novo Testamento e também não aparece nas palavras de Jesus e nem nos escritos apostólicos.

Assim, negar a continuidade dos dons espirituais não é apenas uma leitura equivocada, mas uma contradição direta da Palavra. O Novo Testamento, como veremos a seguir, reforça ainda mais essa verdade, mostrando que os dons e as línguas permaneceriam até a volta de Cristo.

 

O Novo Testamento nos dá evidências que os Dons e as Línguas não cessaram.

Os Dons Espirituais cessaram?

O Novo Testamento nos mostra de forma clara que os dons espirituais e as línguas não cessaram. Diversos textos confirmam sua validade e atuação até a volta de Cristo. Vejamos os principais:

Os sinais seguiriam todos os que creem.

“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.” (Marcos 16:17-18)

Aqui, Jesus não restringe os dons aos apóstolos, mas declara que os sinais acompanhariam todos os que creem. Se o propósito fosse limitar as manifestações espirituais ao primeiro século, esse versículo perderia totalmente o sentido. Não faria sentido a Bíblia afirmar “hão de acompanhar aqueles que creem” se fosse algo apenas passageiro.

E ainda que sensacionistas usem o argumento da “Critica Textual” para afirmar que estes versículos em questão não estavam nos originais pois fazem parte do chamado “final longo de Marcos” sendo portanto adicionados posteriormente, esse argumento não tem validade, porque o texto já era citado por líderes cristãos no século II. Foi aceito pela tradição da Igreja universal. Está em harmonia com o restante do Novo Testamento, que confirma a continuidade dos dons.

E mesmo que alguém decida não usar Marcos 16:17-18 como base para a continuidade dos Dons Espirituais e das Linguas, ainda há farta evidência em ourtos Evangelhos, em Atos e nas cartas de Paulo de que os dons continuaram e foram prometido para além dos apóstolos, como por exemplo:

“Tendo Jesus convocado os doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para efetuarem curas. Também os enviou a pregar o reino de Deus e a curar os enfermos.” (Lucas 9:1-2)

Esse envio se repete em Lucas 10:9,19, quando os 70 discípulos também são capacitados para expulsar demônios e curar.

Em Mateus também temos referencias semelhantes:

“E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Curai enfermos, limpai leprosos, ressuscitai mortos, expulsai demônios; de graça recebestes, de graça dai.”( Mateus 10:7-8)

Mas em João temos a promessa mais forte, paralela ao que Marcos 16 diz:

“Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.” (João 14:12)

Notemos que não é restrito aos apóstolos, mas a “aquele que crê em mim”.

Atos dos Apóstolos (cumprimento prático).

O livro de Atos funciona como a confirmação de todas essas promessas:

  • Línguas (Atos 2:4; 10:46; 19:6)
  • Curas (Atos 3:6-8; 5:15-16; 9:34)
  • Expulsão de demônios (Atos 16:18)
  • Proteção sobrenatural (Paulo não morre com a mordida da serpente em Atos 28:3-6).

 

Ou seja, tudo que Marcos 16:17-18 prometeu de fato se cumpriu em Atos, reforçando sua autenticidade teológica e consequentemente destruído o argumento do cessacionismo.

O Pentecostes e a promessa para todas as gerações.

No dia de Pentecostes, Pedro cita Joel 2:28-29 e declara:

“E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão os vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão.” (Atos 2:17-18)

Pedro reforça a profecia de Joel afirmando que o derramamento seria para toda a carne, e “últimos dias” certamente se estendem até a volta de Cristo.

Alguns podem tentar justificar que Pedro acreditava que aqueles eram os últimos dias, porém esta não é uma visão que se encaixe com outros textos do Novo Testamento, conforme Pedro afirma logo em seguida:

“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vós, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor nosso Deus chamar.” (Atos 2:38-39)

A promessa do Espírito e dos dons não era só para a geração apostólica, mas para todos os chamados por Deus em todas as eras. Pedro tinha consciência disso.

Quando Pedro pregou no Pentecostes, deixou claro que o Batismo com o Espírito Santo não era um evento isolado.

O texto se refere aos filhos, ou seja, a geração futura daqueles que estavam ouvindo, se refere a todos os que estão longe, e a todos os chamados por Deus em todas as eras, toda a Igreja de Cristo em todo o tempo.

A diversidade e a permanência dos dons.

Paulo confirma que os dons são dados pelo Espírito conforme sua vontade:

“A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra de sabedoria; a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra de conhecimento; a outro, fé; a outro, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las. Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.” (1 Coríntios 12:7-11)

Aqui Paulo lista dons como sabedoria, conhecimento, fé, cura, milagres, profecia, discernimento, línguas e interpretação.

Paulo escreveu extensamente sobre os dons espirituais em 1 Coríntios 12-14. Ele não os apresenta como opcionais, mas como parte essencial da vida da Igreja. Em nenhum momento ele sugere que tais dons cessariam. Pelo contrário.

“Ora, a manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso.” (1 Coríntios 12:7)

Se a Igreja ainda precisa ser edificada e testemunhar ao mundo, os dons continuam necessários, não podem ter cessado.

Além de Paulo não dizer que os dons cessariam, ele ainda exorta os cristãos a buscarem com zelo os dons. A ordem apostólica era buscar com zelo os dons. Isso vale para toda a Igreja.

“Ora, vós sois corpo de Cristo, e cada um de vós, individualmente, é membro desse corpo. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres; depois milagres, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Procurai, porém, com zelo os melhores dons…” (1 Coríntios 12:27-31)

“Segui o amor e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.” (1 Coríntios 14:1)

Paulo também adverte a igreja a não rejeitar as manifestações espirituais, incluindo profecias e dons. Esta advertência seria completamente inútil se os dons tivessem cessado. Isso mostra que a manifestação do Espírito deveria continuar.

“Não apagueis o Espírito. Não desprezeis as profecias.” (1 Tessalonicenses 5:19-20)

A prática contínua dos dons na Igreja.

A cura divina, listada como um dos Dons Espirituais, é recomendada como prática constante na Igreja pelo Apóstolo Tiago:

“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará.” (Tiago 5:14-15)

Também encontramos nas Escrituras que os dons de Deus não podem ser anulados ou retirados.

“Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.” (Romanos 11:29)

Portanto, a promessa é para todos os crentes até a volta de Cristo. O cessacionismo não encontra apoio bíblico, histórico nem prático.

A história da Igreja e o testemunho de cristãos ao longo dos séculos confirmam que o Espírito Santo continua operando com poder, edificando o Corpo de Cristo e glorificando a Jesus através dos dons.

 

Os relatos do Batismo com Espírito Santo e o derramar dos dons em Atos apontam para a continuidade.

cessacionismo e continuismo

Muitos daqueles que defendem que os dons espirituais e as línguas cessaram ignoram o fato de que o Pentecostes não foi algo limitado a um momento em Atos 2. Este acontecimento se repetiu várias vezes em ocasiões posteriores, demonstrando que o derramar do Espírito não foi restrito apenas aos apóstolos ou àquele dia inicial em Jerusalém.

Em Atos 8:14-17, vemos que, quando os samaritanos creram em Jesus por meio da pregação de Filipe, os apóstolos Pedro e João foram enviados até eles. Ao impor as mãos, os samaritanos receberam o Espírito Santo. Este evento mostra que o batismo com o Espírito não foi uma experiência única dos judeus em Pentecostes, mas também se estendeu aos samaritanos, um grupo considerado misto e marginalizado.

“Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João, os quais, descendo para lá, oraram por eles, para que recebessem o Espírito Santo. Porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles; mas somente haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus. Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.” (Atos 8:14-17)

Mais adiante, em Atos 10:44-46, o Espírito Santo é derramado sobre Cornélio e sua casa enquanto Pedro ainda pregava.

O detalhe importante é que todos ouviram falar em línguas e exaltar a Deus, exatamente como havia ocorrido em Atos 2.

Esse episódio evidencia que o dom das línguas não foi algo restrito apenas aos primeiros discípulos em Jerusalém, mas alcançou também os gentios, cumprindo a promessa de Joel 2:28-29.

“Ainda Pedro falava estas coisas quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios; pois os ouviam falando em línguas e engrandecendo a Deus.” (Atos 10:44-46)

Outro episódio marcante ocorre em Atos 19:1-6, quando Paulo encontra alguns discípulos em Éfeso que haviam sido batizados apenas no batismo de João. Ao explicar-lhes sobre Jesus e batizá-los em Seu nome, Paulo impôs as mãos sobre eles, e o Espírito Santo veio sobre aqueles homens, que passaram a falar em línguas e a profetizar.

“E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam.” (Atos 19:6)

Esses três relatos em Samaria, na casa de Cornélio e em Éfeso, confirmam que a experiência do batismo com o Espírito e a manifestação de dons espirituais, especialmente o falar em línguas, não foram fenômenos isolados ou limitados apenas aos doze apóstolos. Pelo contrário, eles evidenciam uma continuidade, alcançando judeus, samaritanos e gentios, cumprindo assim a promessa universal de Jesus em Atos 1:8:

“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 1:8)

Dessa forma, vemos claramente que a promessa do Espírito e de seus dons acompanha o avanço do Evangelho e não se restringe a um tempo específico ou a um grupo de pessoas. O derramar do Espírito é parte do cumprimento progressivo da missão da Igreja até os confins da terra.

O derramar do Espirito Santo, os milagres e os Dons Espirituais e o segredo do crescimento da Igreja.

O livro de Atos mostra a Igreja crescendo por meio da ação direta do Espírito Santo, geralmente confirmada com sinais, milagres e pregação poderosa. O crescimento não era apenas humano, mas fruto da obra sobrenatural do Espírito.

Ao lermos o livro de atos, dentre muitos acontecimentos temos a seguinte escala ascendente do crescimento da Igreja:

  • Atos 1.15: 120 membros;
  • Atos 2.41: três 3 mil membros.
  • Atos 4.4: cinco 5 mil membros.
  • Atos 5.14: Uma multidão é agregada à igreja.
  • Atos 6.7: O número dos discípulos é multiplicado.
  • Atos 9.31: A igreja se expande para a Judeia, Galileia e Samaria.
  • Atos 16.5: Igrejas são estabelecidas e fortalecidas no mundo inteiro.

 

Todos estes momentos foram resultado da ação direta do Espirito Santo, por milagres, curas, sinais, línguas, pregação, profecia e outras ações.

Portanto. Como os Dons poderiam cessar? Como a atuação sobrenatural de Deus poderia ser extinguida pelo próprio Deus?

Por quais motivos o Espirito Santo limitaria o seu agir apenas ao inicio da Igreja, se hoje ainda necessitamos de milagres, línguas e dons para o crescimento e expansão do Evangelho?

A lógica que encontramos na própria Bíblia é que o poder de Deus é ilimitado e a revelação do Reino de Deus é progressiva. Não temos motivos para aceitar que Deus daria os Dons de Poder, como; curas, milagres, e também as línguas somente aos primeiros cristãos,

Nós observamos no texto bíblico uma continuidade, partindo dos apóstolos, alcançando os gentios e todos os confins da Terra ainda no livro de Atos. Este argumento aponta para uma continuidade e não para o cessar dos Dons, das Línguas e manifestações do poder de Deus.

Uma igreja sem Dons Espirituais, sem Linguas, sem Profecias não é o plano de Deus revelado na Bíblia.

Uma Igreja sem Dons, sem as Línguas e sem as manifestações espirituais de poder não é o plano de Deus, e isto está claro no texto bíblico quando próprio Jesus manda os seus discipulos ficarem em Jerusalém até que fossem revestidos do poder do alto, até que recebessem o Batismo com Espírito Santo e consequentemente vários outros dons que não tinham ainda.

“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lucas 24:49)

“Mas recebereis o poder do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra.” (Atos 1:8)

Os discípulos já tinham sido comissionados, já haviam curado, expulsado demônios, já haviam se maravilhado com sinais e prodígios, no entanto ainda lhes faltava a experiência que iria consolidar o plano de Deus nas suas vidas e avivar a Igreja, dando-lhes ousadia, intrepidez e o selo da promessa de uma forma mais abrangente.

Por qual motivo Jesus os impediria de sair de Jerusalém se os Dons e a experiência deles no Pentecostes não fosse tão necessária?

E se essa experiência foi tão importante e necessária aos Apóstolos e aos primeiros cristãos, por que não seria para nós?

 

Conclusão: A Necessidade dos Dons Hoje.

A Igreja contemporânea enfrenta desafios imensos: secularismo, falsas doutrinas, perseguição e frieza espiritual. Mais do que nunca, precisamos da capacitação sobrenatural do Espírito Santo.

Sem os dons, a Igreja se torna apenas uma instituição humana. Mas com os dons, ela é transformada em um organismo vivo, poderoso e cheio de graça.

Além disso, os dons não são apenas sinais externos, mas instrumentos de amor e edificação. Paulo conclui sua exposição sobre os dons lembrando que o caminho mais excelente é o amor (1 Co 13). Assim, dons e amor caminham juntos na missão da Igreja.

A Bíblia, a história da Igreja e o testemunho contemporâneo apontam para uma verdade inegável: o Batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais continuam ativos e disponíveis para todos os que crêem.

Não há respaldo bíblico para o cessacionismo. Pelo contrário, a promessa é para todas as gerações até a volta de Cristo.

Todos os sinais, milagres e manifestações de Atos, junto com os ensinamentos de Paulo e a promessa de Joel e Isaías, indicam que os dons espirituais são contínuos e universais, destinados a todos os crentes em todas as épocas. O cessacionismo carece de fundamento bíblico, histórico e prático.

Assim como no Pentecostes, Deus continua enchendo sua Igreja de poder, capacitando-a a testemunhar e edificando-a através dos dons.

Mais do que uma questão doutrinária, essa é uma realidade espiritual que cada cristão é convidado a experimentar.

O Espírito Santo continua sendo derramado hoje. Basta buscarmos com fé, como os primeiros discípulos buscaram no cenáculo.

“Enchei-vos do Espírito” (Efésios 5:18).

Picture of PR. Monteiro Junior

PR. Monteiro Junior

Sou Pastor e eterno estudante de Teologia. Apaixonado pela História da Igreja e por todas as áreas importantes para o nosso crescimento espiritual. Estudo desde sempre temas ligados a Apologética, Arqueologia Bíblica e Escatologia, me dedicando a ensinar e a compartilhar o conhecimento relacionado principalmente a estes temas.

Novo vídeo no Canal!

O PESQUISADOR CRISTÃO

Existem evidências da existência da Arca de Noé? Neste vídeo vamos começar uma abrangente pesquisa histórica sobre a existência da Arca de Noé.